A gravidez é um evento único e de grandes mudanças na vida de uma mulher. Nesta jornada, o fisioterapeuta tem um papel essencial junto à equipe multidisciplinar de assistência a saúde da gestante. Os atendimentos podem ser iniciados a partir da 14ª semana de gestação e, para cada fase e cada demanda, será avaliada a conduta a ser utilizada e a frequência dos atendimentos.
Conheça os principais benefícios de incluir o acompanhamento fisioterapêutico durante a gestação:
1 – Prevenção e tratamento das dores durante a gravidez
Com o crescimento do útero, o corpo da gestante sofre diversas alterações articulares e musculares para se adaptar à este momento. Com isso, dores na coluna, virilha, em braços e pernas são bastante relatadas. Com técnicas manuais e exercícios específicos, o fisioterapeuta que atua em Obstetrícia é capaz de aliviar o quadro e até mesmo prevenir o surgimento dos desconfortos.
2 – Melhora da mobilidade e condicionamento físico
Dentro da abordagem fisioterapêutica está a prescrição de exercícios supervisionados que melhoram o condicionamento físico da gestante, evitando risco de desenvolver problemas como a diabetes gestacional e a pré-eclâmpsia. Além disso, o trabalho de mobilidade realizado durante os atendimentos favorecem um bom encaixe do bebê na pelve.
3 – consciência corporal para um bom desfecho no trabalho de parto
A autonomia e protagonismo da mulher é o nosso maior objetivo. Em um atendimento fisioterapêutico, trabalhamos em conjunto com a gestante e acompanhante para adaptarmos as posturas e condutas mais confortáveis e favoráveis durante o parto vaginal, além de orientação para métodos de alívio da dor.
4 – PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DURANTE A GESTAÇÃO E APÓS O PARTO
Como dito anteriormente, as mudanças no corpo da mulher são marcantes durante a gestação. A incontinência urinária é uma queixa muito comum durante este período, apesar de não poder ser considerada normal. O aumento do peso uterino sobre o assoalho pélvico e as mudanças musculares e ligamentares da região são fatores de risco para perdas urinárias durante a gestação e no puerpério. Um treinamento assertivo e eficaz desta musculatura é capaz de tratar e prevenir este problema, independente do tipo de parto escolhido por esta mulher.
5 – prevenção das lacerações graves durante o parto
Lacerações leves (classificadas como grau 1 e grau 2) são consideradas normais durante o parto vaginal e tendem a ter uma boa recuperação. Entretanto lacerações graves (grau 3 e grau 4) podem causar disfunções de assoalho pélvico, como dor durante a relação sexual com penetração e escapes involuntários de gases e/ou fezes após o parto. A assistência fisioterapêutica em Obstetrícia é capaz de preparar este períneo no momento adequado de forma que a musculatura não ofereça maiores resistências durante o período expulsivo, evitando, assim, as lacerações graves ou até mesmo a necessidade de uso de fórceps ou vácuo durante o parto.